
(…)
Ou, nos jardins do verão, o muro quieto na impossibilidade, externo a uma espessura de linhas invisíveis, uma espessura dotada de melancolia.
Ou, mais ainda, no teu casaco abandonado e entreaberto, ou seja, numa forma que descreve o teu desaparecimento.
Esta perplexidade é a consciência. O medo faz de pastor, porém não sabes mais de ti do que um animal absorto sobre a água.
Descrição da Mentira – António Gamoneda
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