
E chega um dia em que reconhecemos
finalmente
a injustiça das palavras –
exactamente as mesmas para quem vai e para quem fica
um dia
em que não há mais passado para contar
nem mais futuro para viver
apenas uma velha cantiga a embalar
uma casa desaparecida
e este limbo ocasional
onde o corpo
espera que anoiteça
Alice Vieira – O que dói às aves
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1 comentário:
Olá, amiga!
Passei para ver as novidades.
Desejo-lhe uma boa semana.
Bjs
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