
(…)
O abraço entre a flor e a borboleta é um abraço
doce como o néctar, mas bem curto e breve.
A flor, quieta, espera a chegada da borboleta
e deixa-se abraçar.
A borboleta passa rasando a flor,
acaricia-lhe as pétalas e segue.
(…)
A linguagem dos abraços
não contém quaisquer palavras,
nem é vazia de sentido.
Acima de tudo, o que nós desejamos nela,
é que o nosso abraço seja eterno e infinito.
Michal Snunit – Vem e Abraça-me
1 comentário:
A escritora israelita Michal Snunit é uma das minhas autoras preferidas, ainda que os seus livros sejam dirigidos preferencialmente para crianças. Aliás, Michal Snunit é, quanto a mim, e sem margem para dúvidas, a melhor escritora infantil da actualidade. E estou convencida que a sua obra e escrita, originalmente destinada aos mais infantes, é bem recebida em qualquer idade.
Este seu livro “Vem e Abraça-me” reforça o que eu desde há muito tinha descoberto no atinente à linguagem dos abraços, como sendo uma das mais importantes linguagens do ser humano, inclusive daqueles que não têm, infelizmente, braços, mas a quem um abraço pode dizer muito, pode significar tudo. E abraçar alguém sem braços foi uma experiência que já vivi, algures, em África.
Por todas as razões, este livro e a sua autora têm um significado muito particular para mim.
Beijinhos.
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