
É claro que podia não acontecer. Uma coisa, logo que conhecida, jamais poderá ser desconhecida. Apenas poderá ser esquecida. E, na medida em que domina o tempo, enquanto puder ser lembrada, indicará o futuro. Compreendo agora que embora fique sentada no meu quarto, a envelhecer, muito tristemente, sozinha, tenho que viver com esse conhecimento. O telefone pode tocar, esta noite, ou amanhã: já não importa.
(…)
Olhem para mim – Anita Brookner
1 comentário:
chega uma parte da morte quando "já não importa" mas talvez o medo se vá quando "já não importa"
beijo
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