A diáfana sombra das nuvens passando
sobre a brancura das casas: é a beleza
das desaparições. Todo o instante
é uma pequena cruz do Absoluto.
Livro das Esmolas – Adelino Ínsua
do lugar dos outros
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
A RODA
No Inverno desejamos a Primavera,
E na Primavera invocamos o Verão,
E quando ressoam as abundantes sebes
Declaramos que o Inverno é o melhor;
Depois nada há de bom
Porque a primavera não chegou –
Não sabemos que essa inquietude que nosso sangue perturba
É apenas a sua nostalgia do túmulo.
Uma Antologia – W.B.Yeats
No Inverno desejamos a Primavera,
E na Primavera invocamos o Verão,
E quando ressoam as abundantes sebes
Declaramos que o Inverno é o melhor;
Depois nada há de bom
Porque a primavera não chegou –
Não sabemos que essa inquietude que nosso sangue perturba
É apenas a sua nostalgia do túmulo.
Uma Antologia – W.B.Yeats
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
(…)
Ou, nos jardins do verão, o muro quieto na impossibilidade, externo a uma espessura de linhas invisíveis, uma espessura dotada de melancolia.
Ou, mais ainda, no teu casaco abandonado e entreaberto, ou seja, numa forma que descreve o teu desaparecimento.
Esta perplexidade é a consciência. O medo faz de pastor, porém não sabes mais de ti do que um animal absorto sobre a água.
Descrição da Mentira – António Gamoneda
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