do lugar dos outros

do lugar dos outros

sábado, 28 de fevereiro de 2009


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(MESMO QUE AS TUAS VEIAS GELEM)


Hoje aviso-te
que ficarei para sempre
arquejando no teu corpo,
na orla infinita da tua mão,
no teu ombro, que é uma espada.
Na tua língua, que é a minha.
Só o teu coração saberá
se é
promessa ou ameaça,
mas ficarei para sempre
e basta.

Lourdes Espínola – As Núpcias Silenciosas
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Começo as manhãs de branco
e não sei nada

costurando pedaços separados
como será o fio dos dias
os orifícios do espaço
abertos como tempos cercados?

no abraço interno doce deitado
não sei nada


Na memória dos pássaros – Graça Magalhães
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