Gestos de despedida, diga-se, sempre foram influenciados pela
sensação de decomposição da matéria.
Quando dois homens se separam morre a sua proximidade,
o que sendo óbvio não deixa de evidenciar a existência
de um cadáver entre os dois –
não material, claro, mas pelo menos sentimental.
Despediram-se, ou seja: prepararam-se
para esquecer. Eis uma definição possível.
Gonçalo M. Tavares - Uma viagem à Índia, pág. 248
do lugar dos outros
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
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