«Eram tão lindos, tão suaves os dias femininos ao teu lado. Nesse teu rosto moreno, que me é agora estrangeiro e onde longamente batem as pestanas desses teus embaraços que bem conheço, que são silêncios a eternizar-se entre nós, movem-se sombras, ideias furtivas que não consigo captar.
Quando amassávamos o barro vermelho e ecoavam na tarde sons de lume e o vento cheirava a pão, quando olhávamos juntos, do nosso quarto andar, as estradas cor-de-rosa do crepúsculo, parecia, parecia apenas, que não havia segredos entre nós.»
Violeta e a Noite, de Urbano Tavares Rodrigues
Quando amassávamos o barro vermelho e ecoavam na tarde sons de lume e o vento cheirava a pão, quando olhávamos juntos, do nosso quarto andar, as estradas cor-de-rosa do crepúsculo, parecia, parecia apenas, que não havia segredos entre nós.»
Violeta e a Noite, de Urbano Tavares Rodrigues
2 comentários:
Obrigada por este excerto apetitoso do Urbano que tenho descuidado um pouco. Voltarei.
Mistérios de animar.
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