do lugar dos outros

do lugar dos outros

domingo, 25 de maio de 2008

(…)

É claro que podia não acontecer. Uma coisa, logo que conhecida, jamais poderá ser desconhecida. Apenas poderá ser esquecida. E, na medida em que domina o tempo, enquanto puder ser lembrada, indicará o futuro. Compreendo agora que embora fique sentada no meu quarto, a envelhecer, muito tristemente, sozinha, tenho que viver com esse conhecimento. O telefone pode tocar, esta noite, ou amanhã: já não importa.

(…)

Olhem para mim – Anita Brookner

1 comentário:

pin gente disse...

chega uma parte da morte quando "já não importa" mas talvez o medo se vá quando "já não importa"


beijo