do lugar dos outros

do lugar dos outros

sábado, 31 de maio de 2008

Um lugar não é apenas um vestígio de uma antiga sombra
que caiu no nosso olhar. O que agora se vê, se esquece, e longe
fica, atinge a margem mais secreta, é uma metamorfose extrema, dissipante
do tempo e da penumbra, límpido refúgio a que se assoma insuspeito e perdido.

É então que a noite vem como um destino

as mãos cansadas estremecem.


Máquina de Relâmpagos – Jorge Velhote

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